O estado fica atrás somente da Bahia que conta com uma população de 397.059 quilombolas.
O Maranhão tem a segunda maior população quilombola do Brasil, segundo segundo dados do Censo do IBGE divulgados nesta quinta-feira (27). O estado possui 269.074 mil pessoas que se autodeclaram quilombolas e vivem em 32 municípios maranhenses.
O levantamento é inédito. Esta é a primeira vez que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar se as pessoas se autodenominam quilombolas. O país conta com mais de 1,3 milhão de moradores quilombolas.
O estado fica atrás somente da Bahia que conta com uma população de 397.059 quilombolas. O Nordeste é a região brasileira que mais conta com o maior percentual e números absolutos de moradores que autodeclaram quilombolas. Ao todo, 905.415 pessoas vivem na região.
A maior parte da população que se autodeclara quilombola no Maranhão está concentrada fora de territórios quilombolas titulados. De acordo com o IBGE, 260.029 pessoas, o que em percentual representa 96,64% da população, vive nessas regiões.
O percentual de pessoas que vivem fora de territórios quilombolas oficialmente delimitados também é alto no estado. O levantamento mostrou que 89,21% da população quilombola, que em números chega a 240.030 moradores, residem nessas áreas. Apenas 10,79% dos moradores (29.044 pessoas) estão dentro de áreas que foram oficialmente delimitadas no estado.
O estado também é o segundo com o maior número de cidades quilombolas do país. Ao todo, 32 municípios possuem habitantes que se autodeclaram quilombolas.
Alcântara (MA) é a cidade brasileira com a maior proporção de quilombolas. O levantamento apontou que 84,6% dos moradores que vivem na cidade que fica a 108 km de São Luís, cerca de 15.616 pessoas, se autodeclaram desta forma. Os dados levam em consideração quanto a população quilombola representa em relação ao total de habitantes da cidade.
Em abril deste ano, o Brasil pediu desculpas aos quilombolas e reconheceu que o Brasil violou os direitos à propriedade e proteção judicial das comunidades de Alcântara, durante o julgamento do caso na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
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