sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Em 24h, dois acidentes deixam 6 mortos em rodovias federais no MA; cinco da mesma família

Acidente que deixou cinco pessoas da mesma família mortas na BR 226

Dois graves acidentes ocorridos nesta última quinta-feira, 5, provocou a morte de seis pessoas em rodovias federais que cortam o estado do Maranhão.

No final da tarde, por volta das 17h35min, no km 244 da BR-226, uma colisão transversal envolvendo um Celta e um caminhão (tipo boiadeiro), vitimou fatalmente cinco pessoas. Após acionamento via 191, equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram imediatamente acionadas para o local.

De acordo com as informações repassadas pela PRF que atenderam a ocorrência, os indícios observados no local do sinistro apontam que, possivelmente, o carro seguia no sentido crescente (Tuntum – Barra do Corda) da via, enquanto o caminhão trafegava no sentido decrescente (Barra do Corda – Tuntum). Em dado momento o veículo menor teria iniciado uma conversão proibida à esquerda para acessar uma estrada vicinal de acesso ao povoado Tabocal, ocupando a faixa do sentido contrário sem observar a presença dos demais veículos, quando foi atingido na lateral pelo caminhão.

O carro de passeio era ocupado por cinco pessoas, todas da mesma família. A condutora, uma mulher de 18 anos, morreu na hora. Três passageiros do mesmo carro também não resistiram aos ferimentos graves e vieram a óbito no local, sendo um homem de 49 anos, uma mulher de 25 anos e uma criança (menina) de apenas 6 anos. O quarto passageiro, um homem de 41 anos, até chegou a ser removido ainda com vida do local do acidente pelo socorro médico, mas veio a óbito ainda dentro da ambulância do SAMU, antes de chegar à unidade hospitalar.

O condutor do caminhão, um homem de 41 anos, escapou ileso. Ele foi submetido ao teste de alcoolemia que apresentou resultado negativo para presença de álcool. Os discos do tacógrafo do caminhão também foram recolhidos para serem periciados.

As equipes policiais identificaram ainda que a condutora do carro de passeio não era habilitada e que a criança era transportada sem qualquer dispositivo de retenção infantil.

O Laudo Pericial de Acidente de Trânsito (LPAT), com a dinâmica e a causa exata do sinistro, deve ser concluído em até 5 dias.


Segundo acidente – Em Davinópolis, por volta das 21h30min, no km 241 da BR-010, ocorreu um sinistro de trânsito do tipo atropelamento de animal envolvendo uma motocicleta Yamaha e um bovino que estaria solto na rodovia. O condutor da moto (um senhor de 59 anos), morador de Imperatriz, não resistiu à gravidade do impacto e veio a óbito no local.

A equipe da PRF que atendeu a ocorrência ainda busca identificar o proprietário do animal.

O Laudo Pericial de Acidente de Trânsito (LPAT), com a dinâmica e a causa exata do sinistro, deve ser concluído em até 5 dias.

ROSÁRIO – Prefeito e familiares são acionados por improbidade administrativa

As movimentações financeiras do prefeito de Rosário, José Nilton Calvet Filho, e de seus parentes, com valores sem origem identificada, motivaram o Ministério Público do Maranhão a ajuizar Ação Civil Pública (ACP) por ato de improbidade administrativa contra o gestor municipal, familiares e as empresas deles, no dia 2 de setembro. Também foram acionados sócios de outras empresas que firmaram contratos com a administração municipal de Rosário.

O objetivo da ação é garantir eventual ressarcimento de R$ 3 milhões e 300 mil dos danos causados e pagamento de multa. O MPMA solicitou ao Poder Judiciário que determine, liminarmente, a indisponibilidade dos bens dos requeridos e a condenação deles por improbidade administrativa que resultou no enriquecimento ilícito dos mesmos.

São alvos os seguintes familiares do prefeito: Francisca Rocha Calvet (esposa), Jonatha Carvalho Calvet (irmão) e Dulcimary Bezerra Desterro (cunhada). As empresas Farmacenter Comércio (matriz em Morros e filial em Rosário), C A Santos Eireli (São Luís), WB Soluções e Engenharia LTDA (Vitória do Mearim) e CWDR Promoções e Empreendimentos (São Luís) igualmente foram acionadas, assim como o sócio desta última, Claudio Wilson Damasceno Rodrigues. Leonardo Pinto de Lima também é demandado por colaborar com o suposto esquema de lavagem de dinheiro.

A ACP é assinada pela titular da 1ª Promotoria de Justiça de Rosário, Maria Cristina Lobato, e pelos promotores de justiça Ana Carolina Mendonça, Fernando Berniz Aragão e Marcos Valentim Pinheiro Paixão, integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).

De acordo com Maria Cristina Lobato, que tem atuação na defesa do patrimônio público e da probidade administrativa, a investigação foi iniciada em 2023 após tomar conhecimento de fatos que indicavam enriquecimento ilícito do prefeito Calvet Filho e do irmão Jonatha Calvet, em conluio com pessoas físicas e jurídicas.

A promotora de justiça destacou que, como o gestor possui foro privilegiado, os fatos foram comunicados ao procurador-geral de justiça para conhecimento e adoção de possíveis providências na esfera penal. No âmbito da Promotoria de Justiça, as apurações foram realizadas nas áreas cível e administrativa, em atuação conjunta com o Gaeco.

As investigações confirmaram que a filha mais velha do prefeito estuda Medicina em uma faculdade particular de São Luís, cuja mensalidade é de R$ 12.626,00, e a outra filha estuda em uma escola com mensalidade de R$ 2.800,00. A soma das duas parcelas mensais supera o valor da remuneração bruta de R$ 15 mil do gestor. O valor líquido recebido por ele é de R$ 11.108,38.

No registro de candidatura, em 2020, o atual prefeito declarou não possuir bens em seu nome e, posteriormente, as investigações revelaram gastos incompatíveis com os rendimentos. “O mesmo ocorre com seus familiares, que igualmente demonstraram evolução patrimonial acelerada, acentuada a partir da eleição de Calvet Filho”, afirmou, na ação, Maria Cristina Lobato.

Além disso, em 2020, o prefeito de Rosário recebeu seis parcelas do auxílio emergencial destinado a pessoas de baixa renda: cinco parcelas de R$ 600 e uma de R$ 300.

EVOLUÇÃO PATRIMONIAL

Os indícios de enriquecimento ilícito foram confirmados pela comunicação de “movimentação financeira atípica” feita pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O Relatório de Inteligência Financeira (RIF) encaminhado pelo Coaf indicou duas comunicações envolvendo Dulcimary Desterro. A primeira foi a operação com pagamento no valor de R$ 50 mil em espécie registrada no cartório do 2º Ofício de Rosário em que ela figura como compradora de um imóvel em 2021. A segunda foi um depósito em espécie no valor de R$ 50 mil em que a Farmacenter Comércio figura como titular e Dulcimary Desterro como responsável e depositante.

De acordo com as investigações, Leonardo Lima foi sinalizado pelo COAF no monitoramento sistêmico de prevenção à lavagem de dinheiro por ter movimentações atípicas concentradas com a empresa C A Santos Eireli, que era responsável pela maioria de seus créditos e tinha três contratos, entre 2022 e 2023, com as Secretarias de Assistência Social, Administração e Recursos Humanos, Educação e Saúde de Rosário, com valores que ultrapassam R$ 700 mil.

Leonardo Lima repassou valores para a Farmacenter Comércio, da qual Jonatha Calvet é proprietário. “Tal situação indica que Jonatha Calvet recebeu valores da empresa contratada pelo município de Rosário, qual seja a C A Eireli, e que Leonardo Lima é apenas um intermediário para mascarar o vínculo direto entre aqueles”, afirmaram, na ACP, os representantes do MPMA.

Na avaliação dos promotores de justiça, Calvet Filho e Jonatha Calvet tiveram um aumento significativo de patrimônio desde 2021, primeiro ano do mandato da atual gestão na cidade de Rosário. “Os créditos referentes aos salários dos dois constituem um percentual pequeno do total do dinheiro nas contas deles, que, em sua maioria, são de origem desconhecida ou advindas da Farmacenter, a qual, por sua vez, é alimentada por pessoas ligadas a empresas que contratam com o município”.

Foi constatado, ainda, que as notas fiscais emitidas em nome do prefeito Calvet Filho e da esposa dele, Francisca Estela Rocha, ultrapassam a renda oficial do casal. Antes de ser eleito prefeito, Calvet Filho não tinha outra fonte de renda e nem patrimônio prévio, chegando a receber auxílio emergencial em 2020, assim como a esposa e o pai dele, José Nilton Pinheiro Calvet.

Com Jonatha Calvet, foi também detectada essa desproporção, já que não tinha vínculo empregatício, nem ocupava cargo público, figurando somente como sócio das mencionadas farmácias, que passaram a ser utilizadas para receber dinheiro de empresas contratadas pelo município de Rosário até chegarem às mãos dos irmãos Calvet e cônjuges.

DEPÓSITOS SEM ORIGEM IDENTIFICADA

Após decisão judicial que autorizou a quebra do sigilo bancário dos requeridos, foi elaborado um relatório de análise bancária pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD/MPMA). A partir daí, o Ministério Público do Maranhão constatou que, entre os anos de 2021 e 2023, Calvet Filho recebeu mais de R$ 1 milhão e 327 mil em sua conta bancária e 70% desse valor é formado de depósitos sem origem identificada.

O dinheiro não identificado foi recebido, em grande parte, por 448 depósitos com valor máximo de R$ 10 mil cada um. “Em clara tentativa de, por um lado, obstar a rastreabilidade da origem dos montantes e, por outro, evitar a comunicação do Coaf quanto a transações atípicas”, relataram na ACP os promotores de justiça.

As mesmas irregularidades foram constatadas na conta da primeira-dama Francisca Estela Calvet: ela recebeu mais de R$ 751 mil, entre 2021 e 2023, em recursos não rastreáveis, correspondendo a 77% de valores sem origem identificada.

Jonatha Calvet, que é assessor-chefe de Assuntos Institucionais de Rosário, recebe salário bruto de R$ 6.750,00, mas a movimentação financeira é incompatível com os rendimentos e com o porte da Farmacenter, da qual ele é sócio. Nos três primeiros anos da gestão municipal, ele recebeu R$ 1 milhão e 36 mil em sua conta bancária.

Dulcimary Desterro, cunhada do prefeito, movimentou mais de R$ 540 mil no período de 2021 a 2023. Ela recebeu uma série de depósitos de empresas que possuem contratos com a administração municipal rosariense.

Para concluir as investigações, o MPMA igualmente avaliou a movimentação financeira da Farmacenter. O Relatório de Análise Bancária detectou indícios de que a conta da empresa é usada como conta de passagem. Foram identificados 408 depósitos em dinheiro. Cada depósito não ultrapassou o valor de R$ 9 mil, muitos fracionados no mesmo dia, totalizando R$ 521.643 mil.

Jonatha Calvet recebeu da Farmacenter, em 2022, R$ 184.787 mil, que obteve créditos de Cláudio Wilson Damasceno e Leonardo Pinto de Lima. Eles são intermediários das empresas WB Soluções e C A Santos. A maior parte dos créditos é desconhecida, indicando que a Farmacenter serve de álibi para justificar os ganhos do irmão do prefeito.

Redação: CCOM-MPMA

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Justiça determina que Banco Bradesco de Cândido Mendes forneça a folha de pagamento em 24 horas para a cpi da câmara municipal


A Câmara de Vereadores de Cândido Mendes instalou uma CPI para investigar funcionários fantasmas inseridos na folha de pagamento da Prefeitura de Cândido Mendes.

Ocorre que diante das negativas da prefeitura em fornecer a folha de pagamento e até mesmo o próprio Bradesco vinha protelando o cumprimento da decisão judicial.


Mais nesta manhã (02) o juíz Rodrigo Terças, determinou que o Banco Bradesco forneça a folha de pagamento no prazo de 24 horas sob pena de pagamento de multa diária de R$ 5.000,00. A CPI é presidida pelo vereador Sababa Filho e o relator é vereador Jaelson Ribeiro.

A Comissão vem avançando na investigação e o cerco se fechando para os funcionários fantasmas e para o prefeito Facinho que instalou um verdadeiro esquema de corrupção através da folha de pagamento para beneficiar aliados políticos.

Agora é só aguardar o prazo de 24 horas, que certamente a bomba é grande diante tudo que pode aparecer nessa folha de pagamento.

Ministério Público realiza vistoria em Hospital de Turiaçu

Hospital Municipal de Turiaçu recebeu inspeção do MPMA

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) realizou, na última quinta-feira, 29, inspeção no Hospital Municipal de Turiaçu para avaliar a estrutura e o atendimento na unidade de saúde.

A vistoria foi conduzida pelo promotor de justiça Igor Adriano Trinta Marques, que responde temporariamente pela comarca. Também estiveram presentes a diretora administrativa do hospital, Nilvânia Martins, e a secretária municipal de Saúde, Mônica Valério.

CONSTATAÇÕES

Foi constatado que, atualmente, o hospital tem estrutura física em bom estado, mas há equipamentos em condições precárias. Também faltam profissionais especializados em algumas áreas.

No setor de Farmácia, os medicamentos estão acondicionados de forma adequada. Após triagem, as medicações também são fornecidas mensalmente aos postos municipais de saúde. O descarte do material hospitalar é realizado por uma empresa especializada.

No Hospital Municipal, não são utilizados prontuários eletrônicos ou nem sistema informatizado. Assim, o preenchimento dos documentos é feito de forma manual.

Na seção de Nutrição, os serviços na cozinha são realizados por equipes contratadas diretamente pelo Município. Os pacientes são visitados diariamente para elaboração de cardápio adequado de acordo com as respectivas patologias.

O local de armazenamento de alimentos não é adequado. É pequeno e não arejado. Segundo a diretora do hospital, não há desperdício de alimentos, apesar do controle de estoque ser feito de forma manual.

ÓBITO

Um dos pontos que chamou atenção foi o óbito, em 8 de agosto, de uma jovem de 25 anos que foi ao Hospital Municipal para realizar uma laqueadura.

De acordo com a secretária municipal de Saúde, foi sugerido à família que o corpo da jovem fosse levado a São Luís para realização de exame no Instituto Médico Legal (IML), com o objetivo de esclarecer a real causa da morte. A família teria se recusado a fazer isto.

Quanto à falta de expedição de declarações de óbito, denunciada ao MPMA, a diretora do hospital informou que a maior dificuldade para a expedição do documento está no fato da própria família não querer realizar o registro de óbito. Na maioria dos casos, são pacientes idosos e também faltam documentos destes. Isto inviabiliza o preenchimento do formulário público”, explicou Nilvânia Martins.

ATENDIMENTOS

A unidade de saúde não possui médicos especializados suficientes para os atendimentos dos casos. Em Turiaçu, há nove unidades básicas de saúde, das quais seis são do programa Mais Médicos, então, são custeadas pelo Governo Federal. Nestes casos, os médicos moram no município.

Cirurgias são realizadas às quartas e quintas, quando há três médicos disponíveis no hospital. Nos outros dias, somente são realizados procedimentos cirúrgicos de emergência.

O Hospital Municipal possui duas ambulâncias em boas condições e sete motoristas devidamente habilitados para a condução dos veículos. Assim, o transporte dos pacientes é realizado de forma adequada, com presença de técnicos de enfermagem.

MEDIDAS

Após a inspeção, o MPMA instaurou procedimento para acompanhar a política pública municipal de Saúde. O órgão ministerial também instaurou Notícia de Fato para apurar o óbito da jovem de 25 anos.

“É importante aperfeiçoar as condições do hospital. O Ministério Público continuará a acompanhar a situação para garantir que a população de Turiaçu receba atendimento adequado de saúde”, enfatizou Igor Marques.

Com informações do MPMA

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