quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Veja quem são os quatro advogados presos pela Seic na “Operação Erga Omnes”

Alvos da “Operação Erga Omnes” são: Ryan Borges, Pablo Fabian, Ingrid Rayane e Iracilda Syntia.

Sob acusação de acessar sem autorização o sistema de informação da Justiça (PJe) e negociar decisões judiciais protegidas por sigilo, a Polícia Civil do Maranhão cumpriu quatro mandados de prisão contra quatro advogados (as) maranhenses na manhã de ontem, terça-feira (20).

O Blog do Domingos Costa apurou e conseguiu identificar quem são os advogados alvos da ação do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO) da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic) da Polícia Civil do Estado do Maranhão.

Dois advogados e duas advogada foram presos e outra continua foragida, mas já entrou em contato com a polícia que irá se apresentar. Trata-se de Ryan Machado Borges, Pablo Fabian Almeida Abreu, Ingrid Rayane Ferreira Souza e Iracilda Syntia Ferreira Pereira.

– Esquema financeiro do “Joguinho do Tigre”

De acordo com o delegado Augusto Barros, superintendente da Seic, as prisões fazem parte da Operação Erga omnes, expressão em latim que significa “contra todos”. A ação é um desdobramento da operação “Quebrando a Banca” que combate o esquema de pirâmide financeira envolvendo o jogo Fortune Tiger, plataforma digital popularmente conhecida no Brasil como “Joguinho do Tigre”. Esses jogos movimentam dinheiro de forma ilícita.

“A investigação foi idealizada quando notou-se um acesso não autorizado ao sistema de Processo Judicial Eletrônico. Uma pessoa que teve acesso no passado, desligou-se do poder público e manteve acesso. Dado momento essa pessoa fez um acesso, dentro de uma das operações da SEIC, divulgando informações que estavam protegidas por sigilo e segredo de Justiça. Essas informações foram comercializadas para os investigados por advogados, que passaram por também a responder pelo crime, porque estavam se envolvendo diretamente”, explicou o delegado Augusto Barros.

O Processo Judicial eletrônico (PJe) é o sistema de justiça, uma plataforma, que recebe e disponibiliza, representações do Ministério Público (MPMA), do Judiciário, da Polícia. Nessa plataforma os advogados fazem o acompanhamento dos processos, assim como os delegados apresentam seus pedidos de prisão e mandados de busca.

Com essa manobra, os suspeitos conseguiam antecipar o cumprimento dos mandados judiciais e evitar flagrante e prisões. Os três advogados negociavam os valores das decisões diretamente com os pais da influenciadora.

Além das prisões, documentos, celulares, computadores foram apreendidos. Todos os suspeitos foram autuados em flagrante e se condenados podem cumprir mais de dez anos de prisão.

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