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terça-feira, 23 de novembro de 2021

Justiça concede liberdade aos PMs suspeitos de participação na morte de comerciante em Bacabal

Todos estavam presos no presídio militar do Comando Geral da Polícia Militar




A Justiça do Maranhão concedeu liberdade condicional aos cinco policiais militares que são investigados no caso do assassinato do comerciante Marcos Santos, que foi encontrado morto em Bacabal, a 195 km de São Luís, em fevereiro deste ano. Eles estavam presos no presídio militar do Comando Geral da Polícia Militar, na capital. A decisão foi do juiz Diego Duarte Lemos.

Os PMs que estavam presos foram identificados como o tenente Francisco Almeida Pinho, os cabos Rogério Costa Lima, Marcelino Henrique Santos e Robson Santos de Oliveira, além do sargento Gilberto Custódio dos Santos. Eles foram presos alguns dias depois do crime. Imagens de câmeras de segurança mostraram os policiais levando o comerciante para um carro e o comerciante desapareceu depois dessa imagem no dia 1º de fevereiro de 2021. O corpo dele foi encontrado no dia seguinte por familiares no povoado Fazenda Cancelar, em São Luís Gonzaga do Maranhão, com marcas de tiro e sinais de violência.

As denúncias contra os PMs foram reforçadas depois que o lavrador José de Ribamar Neves Leitão procurou a polícia para contar que também foi levado pelos policiais. Ele disse que foi levado pelo sargento Custódio e que foi torturado, e que só não morreu porque conseguiu escapar e saiu correndo.

Segundo ele, também, a arma do policial quando foi tentar matá-lo acabou falhando e também por isso ele conseguiu escapar. Ele passou três dias escondido no mato até que conseguiu chegar até os parentes e procurou a polícia para contar a história e os policiais foram presos.

Ao dar liberdade condicional aos policiais o juiz impôs medidas cautelares. Dentre elas estão o comparecimento todo mês ao Fórum de Justiça, proibição de se ausentar por mais de oito dias de casa sem informar o endereço que possa ser encontrado pela Justiça, proibição de acesso ao 15º Batalhão da Polícia Militar de Bacabal e a outras dependências militares. Eles também estão proibidos de manterem contato com as testemunhas e vítimas do processo, não podem sair de casa depois das 19h, estão afastados das funções de policiais militares, o porte arma deles também foi suspenso e eles vão ser monitorados por meio de tornozeleiras eletrônicas.

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