Ministério Público quer a criação de uma comissão que traçe estratégias de proteção da região, que é formada por 15 ilhas e tem a presença do peixe-boi marinho.
Área da reserva extrativista Cururupu, no litoral do Maranhão, foi atingida por manchas de óleo que poluem as praias do Nordeste. — Foto: Elida Oliveira/G1 |
O Ministério Público do Maranhão emitiu Recomendação às secretarias de Meio Ambiente de Cururupu, Serrano do Maranhão e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente para que instituam uma Comissão Intersetorial Extraordinária que atue no combate aos danos ambientais causados pelo óleo que atingiu a região da Reserva Cururupu, no início de outubro.
A região faz parte da Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses, incluindo a Floresta dos Guarás, estuários, praias e manguezais da Reserva Extrativista de Cururupu, além do Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís.
A poluição pode ameaçar a pesca de mais de 4 mil pessoas que vivem na região e afetar a vida de animais marinhos, como o peixe-boi (Trichechus manatus), que está na lista de espécies ameaçadas.
Peixe-boi marinho, espécie que é encontrada na área da Reserva Extrativista de Cururupu — Foto: Instituto Bicho D'água. |
No dia 23 de outubro, o Ibama afirmou que todos os 12 pontos do Maranhão atingidos pelo petróleo cru já foram limpos. Porém, para o promotor José Frazão Sá, as secretarias ainda devem agir em conjunto com o Ibama e o ICMBio e demais entidades para implementar medidas de prevenção, monitoramento, recuperação e segurança ambiental no litoral.
Na Recomendação, o MP quer que a Comissão disponibilize um canal telefônico no âmbito estadual para receber informações sobre a casos de óleo nas regiões costeiras. A Promotoria também recomenda a capacitação de agentes para limpeza e manuseio do óleo, com uso de equipamentos de proteção.
Nas atividades de monitoramento, o MP também pede aos municípios e ao estado a instalação de barreiras flutuantes para a proteção da Reserva Extrativista de Cururupu. Sobre as recomendações do MP, o G1 entrou em contato com as prefeituras de Serrano do Maranhão e Cururupu, além da Secretaria de Estado de Meio Ambitente, mas não houve retorno até a última atualização dessa reportagem.
Por G1 MA
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