Esta foi a terceira confusão entre os indígenas, que chegaram à Funai, fugindo da crise humanitária na Venezuela, há cerca de dois meses
Briga entre índios venezuelanos termina com dois esfaqueados em Imperatriz |
Um confusão entre índios venezuelanos, terminou com dois esfaqueados, na noite de sábado (21), no abrigo onde os indígenas estão instalados na sede da Fundação Nacional do índio (FUNAI), em Imperatriz.
Esta foi a terceira confusão entre os indígenas, que chegaram à Funai, fugindo da crise humanitária na Venezuela, há cerca de dois meses. De acordo com o coordenador da Funai, Guaraci Mendes, a polícia precisou ser acionada para conter os ânimos do indígenas. Ele disse, ainda, que não está sendo fácil manter o controle entre os índios venezuelanos.
- Sabemos que com o passar dos dias, eles ficam desse jeito, em situação de confinamento, em um local totalmente em salubre. Isso vai aumentando os ânimos. Nem animal consegue viver nessas condições. Já é a terceira situação grave, mas todo dia tem algum problema. O Grupo de Operações Especias da Policia Civil (GOE) teve que intervir para que a situação não ficasse mais tensa - explicou.
Indígenas estão instalados na sede da Funai, em Imperatriz — Foto: Reprodução/TV Mirante |
Os índios estão abrigados em condições precárias, em galpão na sede da Funai. Ao todo, 70 pessoas entre adultos e crianças dividem o mesmo espaço no local. De acordo com a assistente social que acompanha os índios, Lucidalva Santos, o local é impróprio para moradia.
- Muito impróprio. Nós temos buscado alguns espaços para que eles possam ficar, mas eles não se separam. Eles são grupos e até o próprio cadastramento é feito por família. A rotatividade de famílias é grande e dificulta esse processo - afirmou.
Por causa da falta de estrutura no local, a Justiça determinou um prazo de 20 dias para que a União, a Prefeitura de Imperatriz e o Governo do Estado, disponibilizem um local para abrigar os índios venezuelanos. O pedido de liminar na Justiça foi da Comissão dos Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Conforme a decisão do juiz Cláudio Cesar Cavalcante, da 1ª Vara Federal Cível e Criminal, caso a situação não seja resolvida dentro do prazo, a pena é multa de R$ 5 mil reais por dia. O coordenador da Funai vai pedir a reiteração do prédio na Justiça.
Por G1 MA
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