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A Polícia Federal (PF) está aprofundando as investigações da Operação Overclean, que apura desvios milionários em contratos públicos nos estados do Maranhão, São Paulo, Pará e Piauí. Documentos apreendidos revelam que o ex-prefeito de Santa Cruz da Vitória (BA), Carlos André Coelho, teria intermediado repasses que totalizam R$ 170 milhões.
Durante a operação, a PF interceptou uma aeronave que transportava R$ 1,5 milhão em espécie, supostamente destinado ao pagamento de propinas. No avião, foram encontradas planilhas detalhando valores e contratos vinculados aos estados mencionados, associando a sigla “CA” a Carlos André.
As investigações apontam que Carlos André desempenhava um papel central no esquema, atuando em diversas unidades da federação e influenciando decisões administrativas que beneficiavam empresários como Alex e Fábio Parente, além de José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo” na Bahia.
Conversas obtidas pela PF indicam que Carlos André solicitava depósitos vultosos em contas de terceiros, realizados por empresas de fachada como a BRA Teles Ltda. ME, utilizada para o pagamento de propinas a servidores públicos.
A defesa de Carlos André nega as acusações, afirmando que a sigla “CA” não se refere a ele e que ele nunca atuou nos estados mencionados. O advogado João Daniel Jacobina declarou que seu cliente mantém apenas relações de amizade com os empresários investigados e que os créditos recebidos decorrem de negócios lícitos entre particulares.
A Operação Overclean continua em andamento, com a PF buscando esclarecer a extensão dos desvios e identificar todos os envolvidos no esquema de corrupção que afeta diversos estados brasileiros.
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